Meu muy amado marido, meus grandes amigos e amores de minha vida, depois de quase 2 dias sem notícias eis que hoje consegui atualizar o meu bloguitcho!!!!
Bom, meu primeiro dia de aula foi bem pesado!!! Não pela aula em si, pois a metodologia é bem parecida com a nossa, mas sim pelo cansaço e diferença de fuso que ainda estava (e está) me derrubando.
A ida para o Institut é belíssima! Ecully, onde fica o castelinho, é bem agrádavel e com belas casas com enormes jardins. Fomos de ônibus, a parada fica pertinho do hotel,e leva quase uns 20 minutos para chegar no IPB. A entrada é pela parte de trás do castelo, mas quando a gente vê a porta principal, PQP!!!! É lindaço....
Dorinne, a senhora que nos recepcionou, nos apresentou o castelo com suas elegantes salas e adapatações para a escola. Claro, gente, cheira a coisa muito antiga, mas é interessante imaginar como o povo vivia naquela época, em um lugar tão grandeeeeeeeeeeeeeeeeee.
O castelo está interligado com a construção nova da escola, que é show de bola. Lá, encontramos com gente do mundo inteiro, uma verdadeira torre de babel!!! O inglês é língua obrigatória e mesmo encontrando alguém de seu país, você deve falar com essa pessoa em inglês, afinal você não deve ser uma mal educado e deixar os outros a seu lado nandando na imensidão de diferentes línguas.
As salas de aula são excelentes e cada uma tem um nome de um chef famoso, eu fico na sala Alan Chappel. Pela manhã temos direito a um café (gente, é um cafezinho preto tá?) e depois ficamos até o meio dia trabalhando quando descemos para o almoço, que é feito por estudantes que estão lá por pelo menos 2 anos. O restuarante é bacana pra caramba! ?Todo dia é um prato diferente; cada um tem direito a entrada, prato principal e sobremesa; ao final da refeição você leva o prato para a sala de lavagem (IMENSA), volta e repõe a mesa com mais copos, talheres, água e claro a cestinha de pães. Questão de gentileza, educação e cortesia.
Após o almoço, tomamos café, os fumantes poluem o ar, alguns jogam sinuca, outros jogam conversa fora (ou pelo menos tentam) e depois de uma hora de descanso sobem para sua sala. Nessa área de convivência existe a oportunidade de interação com pessoas da sua terra natal e pessoas que nem parecem pessoas da Terra, mas que existem!!!!
Ah! Eis o menu do almoço:
- Dia 1: creme de couve flor + risoto de cogumelos com frango de Bresse em crosta de algo que não me lembro + frutas, iogurtes e flans de sobremesa.
- Dia 2: Clafoutis de pinoles e queijo de cabra + filé de peixe com batatas, cenouras e molho de alho com laranja + torta de chocolate Valhona 70%.
As aulas terminam lá pelas quatro e meia e depois temos que IMPRETERIVELMENTE arrumar a cozinha, o que significa: lavar todas as vasilhas, desinfetar todas as bancadas, retirar o lixo, limpar todos os fornos combinados, lavar o chão, lavar todos os ralos, organizar o material da próxima aula e por fim ir embora. O professor não sai do seu lado enquanto você não termina (Ah! eles não deixam que você limpe a cozinha usando toque (o chapéu), mas em compensação você pode meter seu dedo na comida dos outros, usar a mesma colher para diferentes molhos, pode usar brincos e caso seja casado, pode usar sua aliança - outros anéis não são permitidos - e claro, você deve sempre falar o famigerado: sim chef, não chef...
Minha turma, como já disse, é bem eclética, só que existe um cara que é um saco (o "turco") e um outro rapaz que vive com os dentes cravados no saco desse cara, hehehe... mas, todavia, porém, contudo e entretanto o resto da turma é super gente boa.
Nosso professor é uma figura, conversa mais que o homem da cobra e diz que faz comida contemporânea... sei não, mas até agora só vi comida típica e pratos muitooooooooooooooo carregados na apresentação. Todos os alunos são unânimes em dizer que o módulo de cozinha mediterrânea foi muito mais bonito de se ver. Será???? Oh, céus!!!! Será que eu seri obrigada a ter que voltar para cá no ano que vem e comprovar isso? Será? Oh destino cruel que não me deixa sair desse país, affffffffffffff!!!!
Amanhã teremos um jantar 'internacional" onde os estudantes de vários lugares do mundo farão seus pratos típicos e apresentarão para outros degustarem.
O que fizemos até hoje? Bom, eis nossas aulas:
- Frango de Bresse - frango que só existe na região de Bresse, logo tem A.O.C., que é enorme, extremamente caro (chega a custar 30 euros o kilo), muito saboroso e gordinhooooooooo. No selo que vem pregado no seu peito tem as cores azul, branco e vermelho. Por quê? Porque sua crista é vermelha, suas penas brancas e seus "singelos" pezinhos são azuis. Esse frango foi feito de tudo quanto é jeito: no sous vide (cocção à vácuo), no forno convencional e com diferentes acompanhamentos, inclusive absinto. Sabor excepcional, e olha que não gosto muito de frango.
- Galinha d´Angola : com diferentes acompanhamentos.
- OVOS (uia): com trufas frescas, sem trufas, com bernaise, sem bernaise...
- Pata (kkkk): fiquei com dó... lembrei da margarida!!!! Tadinha da bichinha... mas era gostosa pra caramba!!!
- Foie gras de ganso e de pato. O de ganso é maior e mais branquinho; derrete menos. O de pato é mais amerelinho e derrete bem mais, mas é bem mais gostoso. Confeso: delícia pura. [Alê, filhota, você ia pular do castelinho, kkkkkkkkkk).
- Codorna (altos momentos de desossa) com diferentes acompanhamentos;
- Escargot: eis minha singela opinião sobre esse bichinho: fechem os olhos; lembrem da textura de uma ostra que quase passou do ponto; agora, lembrem do gosto de um cogumelo, ok? imaginem a cor preta... pronto? Vcs acabaram de comer escargots!!! Uma ostra sem gosto de mar e leve gosto de cogumelos.
O que posso acrescentar de positivo nos pratos que fizemos é em relação ao item produtos. São fresquíssimos e isso faz com que o resultado final alcance uma outra dimensão no quesito sabor.
Em relação a minha vida social:
Ah! Ontem tomei uma Leffe no bar do lado do hotel. É interssante o esquema: você pede, paga e depois bebe. Aliás Leffe aqui é muito em conta.
Hoje depois de nossa aula fomo ao centro da cidade, numa livraria de livros sobe cozinha e depois andamos nas ruas mais caras da cidade: Louis Vitton, Gucci, Hermé e por aí vai. Encerramos a noite - dia- numa brasserie (super lionesa, i.e. simplérrima) e voei para o hotel para escrever para vocês amores.
E como não podia deixar de ser, esqueci minha chave na escola. Quando cheguei aqui epedi uma segunda, a recepcionista disse que se eunão entregar a primeira chave terei que pagar 250 euros, pira?????? Misericórdia. Mas nesse momento de tensão, onde já me imaginava lavando pratos ou coisa pior, liguei para o castelo e consegui achar minha lindíssima e amada chavezinha. Eita fé: mãos e outras coisistas estão salvas.
Vou colocar algumas fotos, mas quero pegar as fotos dos pratos com a Israelense (Sharon), ai sim vai ser diversão direto da França para vocês.
Beijos enormes.
Saudades nem posso falar o quanto é grande e como queria que cada um estivesse aqui comigo. Não tem nehum lugar por onde passo que não lembre de cada um de vocês.
Oi amiga,
ResponderExcluirestou super feliz por você, espero que aprenda muito. Deixa que depois eu sirvo de cobaia!!!!rsrsrsrs Delícia!!!!!
bjs
amore, vc nao tem jeito mesmo, acho que nem os europeus te educa. se fosse em viena, ia dormir ao relento! kkkkkkkkkkkkkk tenho certeza que vc vai se dar bem por ai e preocupa nao, turcos sao turcos! fedem, nao tomam banho e nao sabem comer! kkkkkkkkk bjs
ResponderExcluir